O objetivo deste artigo “Para que a Igreja faz Contabilidade?” é mostrar os motivos pelos quais uma igreja faz ou deve fazer sua Contabilidade.
Infelizmente ainda há muitos pastores e tesoureiros que acreditam que uma igreja após aberta não tem motivo de fazer ou manter uma contabilidade em dia.
Neste artigo traremos 6 (seis) motivos pelos quais uma igreja após aberta, precisa fazer e manter a contabilidade de suas entradas e saídas de recursos em dia.
O que é Contabilidade para Igrejas?

A Contabilidade para Igreja é o trabalho técnico feito por um profissional da área, onde se mensura em números via livros e relatórios às receitas e despesas de uma empresa ou instituição.
Toda pessoa jurídica é obrigada por lei a fazer e manter sua Contabilidade em dia para fins de declaração junto ao FISCO (Governo).
A atividade contábil só pode ser exercida por um profissional qualificado para este fim, seja ele, contabilista (nível técnico) ou contador (nível superior), o qual tenha o respectivo registro ativo junto ao seu conselho de classe local (Conselho Regional de Contabilidade – CRC).
A Igreja Legalmente Precisa de Contabilidade
A igreja apesar de ser uma instituição sem fins lucrativos é considerada por lei uma pessoa jurídica, possuindo assim, um cartão de CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica), ou seja, o respectivo registro federal junto a Receita Federal.

Por possuir natureza de uma pessoa jurídica a igreja é obrigada por lei a fazer sua Contabilidade e mantê-la em dia, com a respectiva geração dos livros Diário e Razão, como também dos Relatórios Contábeis: Balanço Patrimonial, Demonstração de Resultado do Exercício (DRE) e Balancete de Verificação.
Necessidade de Entrega de Obrigações Legais
Um dos motivos para que a igreja deve ter contabilidade é para atender os diversos órgãos públicos que compõe a fiscalização do Governo (FISCO), os quais possuem legislações específicas que obriga as entidades filantrópicas como as igrejas a fornecerem informações por meio da entrega de obrigações acessórias como:

- e-Social
- SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social)
- DIRF (Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte)
- DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais)
- RAIS (Relação Anual de Informações Sociais)
- ECF (Escrituração Contábil Fiscal)
- ECD (Escrituração Contábil Digital)
- E outras.
Necessidade de Livros e Relatórios Contábeis para Fiscalizações
As fiscalizações é um dos motivos para as igrejas fazerem contabilidade, pois elas podem ser feitas pelos diversos auditores dos órgãos que compõe o sistema de fiscalização do Governo (FISCO), como por exemplo, auditores da Receita Federal ou auditores do Ministério do Trabalho.

Estes auditores se utilizam dos livros e relatórios gerados pela contabilidade para verificarem possíveis crimes fiscais, como apropriação indébita ou sonegação.
Quando uma igreja não possui uma Contabilidade acaba não escriturando suas entradas e saídas, ficando assim, impossibilitada da geração dos livros e relatórios contábeis:
- Livro Diário;
- Livro Razão;
- Balanço Patrimonial;
- Demonstração de Resultado do Exercício (DRE);
- Balancete de Verificação;
- Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados;
- Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL);
- Demonstração do Fluxo de Caixa.
Necessidade Gerencial por parte do Tesoureiro e Pastor
Outro motivo para que a igreja precisa ter contabilidade é o gerencial. Aquilo que não pode ser mensurado, não pode ser avaliado e melhorado.
Quando a Tesouraria da igreja repassar informações para a contabilidade sobre suas entradas e saídas a mesma tem como processá-las gerenciando ao final por meio dos Relatórios Contábeis, informações preciosas, como por exemplo:

- Evolução das entradas – é muito importante saber este índice, pois ajuda o pastor e tesoureiro, a saber, se as entradas de dízimos e ofertas estão aumentando ou diminuindo;
- Evolução das saídas – é muito importante para o pastor e tesoureiro saber como se as despesas da igreja estão crescendo ou não;
- Evolução das despesas administrativas – se faz importante, por parte do pastor e tesoureiro, acompanhar também as despesas administrativas, para saber como estão, pois nelas, podem ser desenvolvidas políticas de redução, como por exemplo, no gasto de energia elétrica (conta de luz);
- Evolução das despesas com folha de pagamento – importantíssimo se acompanhando este índice, pois aqui não estão apenas os gastos com funcionários da igreja, mas como também com obreiros no geral, necessitando às vezes serem feitos ajustes orçamento, visando buscar um maior equilíbrio orçamentário;
- Comparação das entradas por dízimos e ofertas – torna-se importante acompanhar este índice para saber quais as principais maneiras de entrada de doação, se dízimos ou ofertas. Pois os dízimos tendem a ser mais constantes que as ofertas, ajudando assim, o tesoureiro e pastor a fazerem uma projeção futura para execução de projetos.
- Disponibilidade de recursos diário, semanal, mensal e anual – o relatório de Demonstração de Fluxo de Caixa nos traz a visão de disponibilidade de recursos de acordo com a periodicidade que determinarmos (diário, semanal, mensal ou anual). Esta visão permite ao tesoureiro identificar possíveis períodos que haver falta ou sobra de recursos. Havendo falta de recursos, necessitará se precaver buscando maneiras de suprir e havendo sobras, precisará determinar o que será feito com elas.
- E muitas outras informações gerenciais que podem ser extraídas dos relatórios gerados pela contabilidade.
Necessidade de Apresentação ao Conselho Fiscal
Outro motivo para que a igreja tem que ter contabilidade é a apresentação e prestação de contas dos números da gestão ao Conselho Fiscal.
A maioria dos Estatutos da igreja prevê um Conselho Fiscal o qual tem como objetivo periodicamente revisar as contas da Tesouraria, evitando assim, má gestão dos recursos financeiros, como também desvios de valores por parte do Tesoureiro como e do Pastor administrativo.

O Conselho Fiscal em seu processo de verificação das contas se utiliza também dos livros e relatórios gerados pela contabilidade.
Cabe ao Conselho Fiscal após o processo de fiscalização emitir um parecer para se apresentado aos membros da igreja em Assembleia convocada para este fim.
Uma igreja que não possui contabilidade não tem o que apresentar ao Conselho Fiscal.
Necessidade de Apresentação à Assembleia Geral
Outro motivo para a igreja fazer contabilidade é a apresentação de relatórios para toda congregação em Assembleia Geral período, conforme prevista em Estatuto.
Legalmente falando, a não apresentação de relatórios de prestação de contas na Assembleia Geral pode gerar problemas para aqueles que foram responsáveis pelo mandato da diretoria, entre os quais está o pastor presidente e o tesoureiro. Um dos discípulos membros da igreja pode ir a justiça comum requerer o afastamento de todos que estiveram a frente do mandato, por falta da apresentação e prestação das contas.
Uma igreja que não faz contabilidade não tem relatórios legais para apresentar em Assembleia aos seus membros, gerando assim, precedentes para que algum deles possa pedir as penalidades devidas à gestão por falta de transparência no manuseio dos recursos da igreja.
Necessidade Espiritual de Fechamento de Brecha
Outro motivo para que a igreja faça contabilidade é o fechamento de brecha no reino espiritual.
Quando uma igreja não está cumprindo as leis dos homens, prevista na legislação vigente do país como na legislação interna (Estatuto e Regimento Interno), espiritualmente acaba abrindo uma brecha para que o inimigo não permita que ela prospere financeiramente.
Não adianta a igreja andar certinha em tudo, mas falhar na ausência de contabilidade, pois assim, seria um muro totalmente erguido, mas com uma pequena brecha, pela qual, o inimigo poderia entrar e derrota-la.
Jesus disse em seus Evangelhos “dê a César o que é de César” fazendo uma referência direta as leis humanas. Devemos dar exemplo, cumprindo aquilo que a lei estabelece como sendo obrigatório.
Como fazer a Contabilidade de Minha Igreja
Uma igreja pode fazer a contabilidade de duas maneiras: internamente ou externamente. Internamente quando contrata um profissional de contabilidade habilitado para a tarefa e externamente quando contrata um escritório de contabilidade para terceirizar o serviço.
A principal desvantagem de fazer a contabilidade internamente seria o alto custo para manter um contador no seu quadro de funcionários, enquanto a opção de terceirizar o serviço por meio de um escritório contábil pode sair até 10 (dez) vezes menos.
A ICTUS Contabilidade para Igrejas
Decidindo por terceirizar a contabilidade de sua igreja, nós da ICTUS Contabilidade para Igrejas estamos aqui para atendê-lo da melhor maneira possível.
Somos um escritório especializado em atender igrejas evangélicas de todo território nacional. Temos clientes em vários estados, como Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Bahia.
Nossa equipe é formada por profissionais que professam a mesma fé evangélica que a nossa, tendo na administração geral o CEO (Diretor Executivo), contador e pastor David Efraim.

Uma equipe totalmente evangélica permite compreendermos melhor a cabeça de nossos clientes pastores e tesoureiros.
Entre em contato conosco, por meio de um dos nossos canais, que lhe apresentaremos nossos serviços de abertura e manutenção mensal de contabilidade para igrejas.
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21 de Outubro de 2019
David Efraim – CEO
ICTUS Contabilidade