A isenção de IPTU da igreja é um benefício que muitas instituições religiosas buscam para reduzir os custos operacionais e investir mais em sua missão e atividades comunitárias.
Contudo, conseguir essa isenção requer o cumprimento de uma série de requisitos legais e burocráticos.
Neste artigo, vamos detalhar o passo a passo para que sua igreja possa obter a isenção de IPTU, explicando as condições necessárias, os documentos exigidos e os cuidados que devem ser tomados durante o processo.
Entendendo a isenção de IPTU para igrejas
A isenção de IPTU da igreja é um direito garantido pela Constituição Federal, que reconhece a importância das instituições religiosas para a sociedade.
Essa isenção visa aliviar o ônus financeiro das igrejas, que atuam como entidades sem fins lucrativos e destinam seus recursos à promoção de atividades espirituais, sociais e comunitárias.
Apesar de ser um benefício previsto em lei, a obtenção da isenção depende do cumprimento de certos critérios e da comprovação de que a instituição atua exclusivamente sem fins lucrativos.
Além disso, cada município pode ter regulamentações específicas sobre a matéria, o que torna fundamental a consulta à legislação local.
Requisitos legais para a isenção de IPTU da igreja
Para conseguir a isenção de IPTU da igreja, alguns requisitos devem ser atendidos. Entre os principais, destacam-se:
1.Natureza jurídica da igreja
- Pessoa Jurídica sem fins lucrativos: A igreja precisa ser registrada como uma pessoa jurídica sem fins lucrativos. Esse registro deve constar no Estatuto Social, que define claramente as atividades e os objetivos da instituição.
- Atuação exclusiva em atividades religiosas e sociais: É essencial comprovar que a igreja não tem finalidade lucrativa e que os recursos são utilizados exclusivamente para a realização de atividades religiosas, sociais e assistenciais.
2.Regularidade documental
- Estatuto Social e Ata de Fundação: A apresentação do estatuto social, aprovado em assembleia de fundação, é fundamental para demonstrar a estrutura organizacional e a finalidade da instituição.
- Registro em Cartório: O registro do estatuto e da ata de fundação no Cartório de Títulos e Documentos é uma exigência para a formalização da pessoa jurídica e para a solicitação de isenções fiscais.
- Obtenção do CNPJ: Com o CNPJ, a igreja é reconhecida oficialmente como entidade sem fins lucrativos, o que é um dos requisitos para pleitear a isenção de IPTU.
3.Destinação dos recursos
- Transparência na Gestão Financeira: A igreja deve demonstrar, por meio de uma escrituração contábil organizada, que os recursos arrecadados são aplicados exclusivamente em suas atividades religiosas e sociais.
- Relatórios e demonstrações financeiras: A elaboração e apresentação periódica de balanços e demonstrações financeiras são importantes para comprovar a regularidade da gestão e o destino correto dos recursos.
Passo a passo para obter a isenção de IPTU da igreja
Conseguir a isenção de IPTU da igreja envolve diversas etapas burocráticas e o atendimento de requisitos legais. A seguir, veja um guia detalhado para ajudar sua instituição a conquistar esse benefício:
1.Verificação da legislação municipal
Cada município possui suas próprias normas e procedimentos para a concessão da isenção de IPTU. Por isso, o primeiro passo é:
- Consultar a prefeitura: Entre em contato com a prefeitura ou acesse o site oficial do município para conhecer as regras específicas sobre isenção de IPTU para instituições religiosas.
- Identificar a legislação aplicável: Verifique quais são os critérios e os documentos exigidos na sua localidade. Em alguns casos, pode ser necessário apresentar um requerimento formal acompanhado de toda a documentação da igreja.
2.Reunir a documentação necessária
A obtenção da isenção de IPTU da igreja exige uma série de documentos que comprovem a regularidade e a natureza sem fins lucrativos da instituição. Entre os documentos mais comuns, incluem-se:
- Estatuto Social: Documento que define a estrutura e os objetivos da igreja.
- Ata de Fundação: Registro da assembleia que oficializou a criação da igreja.
- Certificado de Registro em Cartório: Comprova que os documentos foram devidamente registrados.
- CNPJ e Inscrição Estadual/Municipal: Documentos que comprovam o registro da igreja como pessoa jurídica.
- Demonstrações financeiras: Relatórios contábeis que evidenciem a aplicação dos recursos em atividades religiosas e sociais.
- Requerimento de isenção: Formulário fornecido pela prefeitura ou órgão competente para solicitar a isenção de IPTU.
3.Preparação do requerimento de isenção
Após reunir toda a documentação, é necessário preparar um requerimento formal solicitando a isenção de IPTU da igreja. Esse requerimento deve conter:
- Dados da igreja: Nome, endereço, CNPJ e demais informações relevantes.
- Fundamentação legal: Referência à legislação que garante a isenção para instituições religiosas.
- Justificativa da solicitação: Explicação de como a igreja utiliza seus recursos exclusivamente para atividades sem fins lucrativos e de interesse público.
- Assinaturas dos responsáveis: O requerimento deve ser assinado pelos dirigentes da igreja.
4.Protocolo na Prefeitura
Com o requerimento e a documentação em mãos, o próximo passo é:
- Protocolar o pedido: Entregue o requerimento no setor responsável da prefeitura ou no órgão que cuida das isenções fiscais.
- Acompanhamento do processo: Após o protocolo, acompanhe o andamento do pedido. Em alguns casos, pode haver a necessidade de atender a exigências adicionais ou fornecer esclarecimentos sobre a documentação apresentada.
5.Análise e decisão
O órgão competente realizará a análise do pedido de isenção de IPTU da igreja, verificando se todos os requisitos legais estão sendo cumpridos. Esse processo pode envolver:
- Vistorias ou auditorias: Em algumas situações, pode ser realizada uma inspeção no local para confirmar as informações prestadas.
- Comunicação oficial: Caso a análise seja positiva, a prefeitura emitirá uma portaria ou outro documento oficial concedendo a isenção. Se houver pendências, o órgão informará quais medidas devem ser adotadas para regularizar a situação.
Conclusão
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