A administração da igreja envolve muitas responsabilidades e desafios, desde a gestão financeira até a liderança pastoral. No entanto, nem sempre é fácil saber quais são as melhores práticas a serem seguidas.
Por isso, neste artigo, vamos apresentar 10 dicas do que não fazer na administração da igreja. Com base na experiência do nosso time de contadores e dos pastores que fazem parte da nossa equipe, mostraremos quais são os erros mais comuns cometidos pelos líderes religiosos e como evitá-los.
Sendo assim, se você é um pastor, tesoureiro, secretário, líder ou membro de uma diretoria, este artigo é indispensável para você.
1.Não registrar e legalizar a igreja
O ato de registrar a igreja perante os órgãos competentes é fundamental para garantir sua legalidade e obter benefícios como a imunidade tributária prevista na Constituição Federal.
Não registrar a igreja pode trazer consequências legais e financeiras graves, incluindo a suspensão das atividades da igreja, bem como a aplicação de multas pelas autoridades competentes.
Diante disso, se você é líder ou membro da diretoria de uma igreja que ainda não possui CNPJ, Alvará de Funcionamento e demais documentos necessários, entre em contato conosco e providencie a regularização o quanto antes.
2.Não escolher as pessoas certas para a diretoria e administração da igreja
A escolha da diretoria é essencial para garantir uma boa administração da igreja. Pessoas despreparadas ou com intenções duvidosas podem prejudicar a gestão e a reputação da organização.
Diante disso, os pastores devem ser extremamente cautelosos e criteriosos ao definir quem serão os membros ocupantes de cargos na diretoria, seja de vice-presidente, secretário ou tesoureiro.
3.Não registrar as movimentações financeiras
Registrar as movimentações financeiras é fundamental para garantir a transparência e a prestação de contas da igreja. Não fazê-lo pode resultar em problemas legais e prejuízos.
Diante deste ponto, recomendamos que todas as igrejas utilizem um software ou no mínimo uma planilha de gestão financeira, onde seja possível registrar e manter em ordem, todas as entradas e saídas de recursos financeiros do caixa, bem como a descrição da origem e destino dos recursos.
4.Não ter atenção com as obrigações legais na administração da igreja
As obrigações legais da igreja devem ser cumpridas para evitar problemas com a lei. Ignorá-las pode resultar em multas, processos judiciais e até mesmo no fechamento da igreja.
Dentre as obrigações acessórias das igrejas perante o fisco, podemos destacar:
- ECF – Escrituração Contábil Fiscal;
- ECD – Escrituração Contábil Digital;
- EFD – Escrituração Fiscal Digital Contribuições;
- DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais;
- DIRF – Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte;
- SEFIP – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social;
- eSocial – Sistema de Escrituração Fiscal Digital das Obrigações Fiscais Previdenciárias e Trabalhistas.
5.Não ter uma conta bancária no nome da igreja
Ter uma conta bancária no nome da igreja é fundamental para evitar confusão entre as finanças pessoais e da organização. Não fazê-lo pode prejudicar a gestão financeira, contábil e a transparência da igreja.
Partindo deste princípio, os pastores, tesoureiros ou quaisquer outros membros da diretoria, não devem fazer uso das suas contas bancárias pessoais para efetuar pagamentos ou movimentar valores em nome da igreja.
6.Não pagar as contribuições devidas pela igreja
As contribuições devidas pela igreja devem ser pagas em dia para evitar problemas fiscais e legais. Aqui neste ponto é importante destacar que a imunidade tributária constitucional não desobriga as igrejas a pagar suas contribuições sobre a folha de pagamento, incluindo:
- Contribuição Previdenciária Patronal – CPP;
- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS;
- PIS – Programa de Integração Social.
Deixar de pagar as contribuições em questão em dia não é uma opção para igrejas que possuem folha de pagamento, ou seja, você precisa do apoio de uma contabilidade especializada para manter tudo em ordem com o fisco.
7.Não delegar tarefas e responsabilidades na administração da igreja
Delegar tarefas e responsabilidades é fundamental para uma administração da igreja eficiente e bem-sucedida de uma igreja. Isso porque uma igreja é uma organização complexa que envolve diversas atividades e demandas, desde a gestão financeira até a liderança pastoral.
Ao delegar tarefas e responsabilidades, os líderes religiosos conseguem dividir as responsabilidades e garantir que cada atividade seja realizada de forma eficiente e efetiva. Além disso, a delegação de tarefas pode ajudar a desenvolver novas lideranças e a fortalecer a comunidade
Outro benefício importante da delegação de tarefas é que ela ajuda a evitar a sobrecarga de trabalho dos líderes. Muitas vezes, os líderes da igreja se sentem responsáveis por todas as atividades da organização, o que pode levar à exaustão e a problemas de saúde.
8.Não ter um cadastro de membros atualizado na administração da igreja
Manter um cadastro de membros atualizado é importante para garantir uma comunicação eficiente e para realizar ações pastorais específicas.
Um cadastro de membros atualizado ajuda a identificar e acompanhar a participação dos membros na vida da igreja. Com essas informações, os líderes podem entender melhor a dinâmica da comunidade, identificar os membros mais engajados e oferecer oportunidades para que outros membros participem mais ativamente da organização.
9.Não ter uma prebenda pastoral pré-definida
Não ter uma prebenda pastoral pré-definida pode trazer riscos significativos para a gestão de uma igreja. Prebenda pastoral é o valor estabelecido para o sustento e as despesas do pastor, incluindo salário, benefícios e auxílios diversos.
Um dos principais riscos de não ter uma prebenda pastoral pré-definida é a falta de transparência na gestão financeira da igreja, o que pode gerar certa desconfiança e questionamentos sobre a utilização e o uso dos recursos.
Sem uma prebenda definida, os valores pagos ao pastor podem variar bastante de acordo com a vontade ou disponibilidade financeira dos membros da diretoria ou da congregação.
10.Não contar com uma contabilidade para igrejas
Contar com uma contabilidade especializada para igrejas é fundamental para garantir uma gestão contábil eficiente e transparente.
O contador especialista em igrejas pode esclarecer dúvidas importantes sobre a gestão contábil e financeira da organização, bem como, atuará para manter todas as obrigações da igreja em dia com o fisco.
Sua igreja ainda não conta com uma contabilidade especializada? Conte com a ICTUS, entre em contato conosco!
Telefone / WhatsApp: (61) 9.8175-6278
E-mail: contato@ictuscontabilidade.com.br